sábado, 27 de novembro de 2010

Esse foi o golem que me capturou...
Bem gente, nem sei se alguém sentiu a minha falta nos últimos dias. Eu estava sem postar e aposto que estavam por ai espalhando rumores de que esse seria mais um blog abandonado pelo dono após a primeira postagem. Bem, o post sobre o Blade Runner colocado agora a pouco prova o contrário a vocês, e para a alegria dos roladores de ossos eu estou novamente livre!

Livre? Como assim livre, mestre Soja!? 

Bem, o que aconteceu foi o seguinte: Na Finlândia existe uma caverna que leva para Onohala, uma cidade subterrânea controlada por golems de pedra. O circulo de magos da cidade mais próxima tem um pacto com esses golems, eles não podem subir a superfície, e ninguém pode descer até la. Até ai tudo bem ok? 

Estava eu precisando de um pouco de pyros, que é a energia mística que mantém os golems vivos (mas isso todo mundo sabe), e fui até a Finlândia atrás do material para a aventura de RPG que eu estava fazendo...
Só que eu não sabia do tratado dos magos locais (não conheço nenhum mago por aquelas redondezas)... E deu no que deu. Fui capturado por uns golems grandalhões...

Mas fui salvo por um grupo de aventureiros LVL.22 que tinham acabado de ganhas seus paragon patchs e estavam doidos pra testar seus novos poderes em uns monstrengos... 

Agora estou de volta para postar aqui no blog, mestrar e RPG e planejar minha vingança contra os golems malditos!

Boas rolagens a todos os roladores de ossos! Até a proxima.

Tears in rain...

Todos esses momentos se perderão no tempo...
Como lágrimas na chuva.

Blade Runner: O caçador de andróides é um filme de ficção científica bem antigo, lançado em 1982 e estrelado por Harrison Ford (Indiana Jones). Caso ainda não tenha assistido, e deseje saber sobre a história do filme, leia aqui na Wikipédia ou procure uma sinopse por ai na internerd.

O foco do post de hoje não é resenhar ou criticar o filme, e sim falar sobre a profundidade dos personagens. E é ai que entra o RPG! Você já tentou jogar RPG sem se preocupar com pontos de vida? Sem se preocupar com como gastou seus pontos de perícia ou se você algum dia vai usar aquele aprimoramento que garante um dano extra?

Estava eu essa semana lendo no blog do tio Nitro sobre narrativa compartilhada e sobre a the big theory, que é uma teoria sobre os fundamentos do RPG, muito usada por designers de jogos e mestres desesperançosos com seus grupos de RPG. Em meio a minha leitura, me deparei com um RPG chamado Trollbabe, criado por Ron Edwards. Já tinha visto algo sobre isso em um site em inglês que não deteve muito da minha atenção na época, e resolvi dar uma olhada na resenha do tio Nitro (doidimais véi!).

Ainda não joguei o Trollbabe, estou inclusive tentando conseguir a minha cópia. Mas o que me interessou não foi o sistema, ou a ambientação. O me deixou muito, mas muito interessado em jogar ou mestrar o trollbabe é o jeito como se joga, a narrativa compartilhada.

Tá, tá... Peraí... E o que isso tem a ver com o Blade Runner? Não era sobre o filme esse post?

Sim, agora entra de novo o Blade Runner! Em um jogo de narrativa compartilhada, onde o que importa não são os níveis ou quem causa mais dano, interpretar a personalidade (as emoções e as preferências) do seu personagem flui muito mais naturalmente. Você sente que está faltando algo, que o seu personagem não tá aparecendo na cena. Dai você começa a negociar cenas com o mestre, pedir cenas com o foco no seu personagem, flashbacks... e depois disso não há mais limites! Você sente que realmente está no personagem! Que faz parte da história. Você decide não apenas o que o seu personagem faz, mas também como ele se sente, e até certo ponto você escolhe como o meio reage ao seu personagem! O que torna o jogo bem mais divertido, bem mais dinâmico.

E isso é o foco do filme! O personagem principal não é um troglodita com 18 de força ou trocentos d10 de dano. Ele praticamente leva surras durante todo o filme! Mas a história vai se construindo, e apesar dele nem sempre vencer os conflitos físicos, ele obtém sucesso nos seus objetivos durante o filme.

A penultima cena do filme, quando ele enfrenta o vilão final no topo dos prédios, foi a que mais me impactou e abrio os meus olhos para isso. Ele apanha, apanha, apanha mais um pouco. E mesmo assim ele alcança o objetivo numa cena que concerteza é o oposto do esperado por um jogador de RPG padrão!

Eu estou morrendo de vontade de testar a narrativa compartilhada, de jogar com o clima meio noir do cenário Blade Runner e experimentar as mecânicas do sistema trollbabe. Estou com mais vontade ainda de voltar aqui e fazer um post contando pra vocês como que se desenvolveu o jogo!

Boas sessões a todos e continuem rolando os ossos por ai!


Seguem a baixo alguns links importantes para esse post:

Blog do tio Nitro: Aqui
Análise,Fotos e Reporte de Sessão do Trollbabe RPG feitos Pelo tio Nitro: Aqui
Blade Runner na Wikipédia: Aqui
E o PDF que adapta o RPG Trollbabe e sua narrativa compartilhada para o cenário de Blade Runner e que fez com que eu me interessasse pelo filme (sim, eu só assisti o filme essa semana!): Aqui  

É uma coisa ruim, a pior.
Preciso do velho Blade Runner.
Preciso da sua mágica.