quinta-feira, 10 de maio de 2012

Ciência de Borda (Fringe Science)




Sim, sim. Estou me referindo ao seriado de TV. Este não é um blog sobre clonagem humana ou teletransportes caseiros...

Nesses últimos dois meses, tenho passado uma boa parte do tempo que eu deveria estar dormindo assistindo um TV show que vocês devem conhecer: Fringe.
Para quem não conhece, tem os links no final do post. Vá lá ler um pouco sobre o assunto e depois volte aqui.
Para quem já conhece/assistiu/ouviu falar, estou aqui hoje, para tentar incentivar você e seus jogadores a jogar uma campanha ou aventura nesse estilo de jogo.
Por quê? Por que é algo diferente dos cenários padrões de RPG (Fantasia medieval, Mundo das trevas, super heróis e, mas raramente, Cyberpunk). Não sou contra esses estilos de RPG, sou na verdade fã de alguns deles. Mas já estão tão batidos, que talvez seja a hora correta para experimentar coisas novas. Quem sabe voltara jogar D&D depois de algumas aventuras nos mundos paralelos de Fringe seja até mais empolgante!
Tem algum outro motivo? Sim, tem. Sabe aquele jogador que já joga RPG a 10 anos e de repente está esfriando? Está perdendo a paixão pela causa. Talvez jogar uma coisa diferente possa lhe reanimar as esperanças. É uma chance!
Digamos que eu tenha te convencido a dar uma chance para a ambientação bidimensional de Fringe. Ok, e agora? Agora você vai escolher como você quer aproveitar o meu conselho:

OS JOGADORES PODEM OU NÃO ASSISSTIR O SERIADO?

Essa é uma decisão que cabe ao mestre, dependendo do que ele pretende fazer com o jogo. Obviamente, se um ou mais dos jogadores já tenham assistido algumas temporadas do seriado, o mestre ficaria sem muitas opções.
Uma coisa que o mestre pode achar bem divertido de se fazer, é deixar os jogadores enfrentarem os mesmos mistérios e enigmas enfrentados pelos personagens do TV show. O mestre constrói fichas dos personagens principais da historia e entrega aos jogadores, guiando os personagens pelos episódios da temporada. Essa é também uma solução para jogadores que já assistiram a primeira temporada, por exemplo. O mestre pode "narrar" a segunda temporada antes que os jogadores assistam. Uma coisa bem legal desse estilo de jogo é assistir o episódio que vocês acabaram de jogar após o capitulo de jogo. Acho que fica bem interessante.
Não deste mundo! Outra opção também é fazer com os jogadores interpretem membros da Divisão Fringe do universo paralelo ao nosso. Nesse caso, os personagens poderiam ser os principais (Olivia e companhia), ou poderiam ser uma outra célula da Divisão Fringe. Nesse caso, os jogadores devem assistir até o inicio da terceira temporada do TV show, pois é nesses episódios que aparecem a maioria das cenas do outro mundo.
Outra opção, essa menos linear com a história do TV show, porem bem divertida de se jogar, é narrar os eventos de forma um pouco diferente. Outros agentes, outros enigmas a decifrar. As vezes ouvimos a mesma história de duas pessoas diferentes e apesar de ser a mesma história, ela parece outra, pelas mudanças dos detalhes. Não se esqueça que a história é sua. Você tem o direito de mudar o que você quiser no jogo!

QUAL SISTEMA EU USO?

Bem, quando assisti os primeiros episódios da primeira temporada, pensei logo em jogar no sistema daemon. Usando o livro básico Invasão. Não há na verdade a necessidade de se criar nenhuma regra. Invasão já tem tudo o que precisa. Talvez sejam necessárias apenas algumas pequenas modificações. O problema é que o sistema daemon já não mais tão popular entre os jogadores como era antes, e alguns jogadores simplesmente não irão querer aprender outro sistema. Apesar de o sistema básico ser gratuito.
Outra opção é o Novo Mundo das Trevas. O livro básico de regras do sistema Storytelling. Esse é um sistema bem abrangente, que se encaixa como uma luva em qualquer historia de horror/terror. O que é o nosso caso. Talvez, mestres poucos acostumados com o sistema tenham alguma dificuldade em adaptar algumas coisas do TV show. Mas nada que vai atrasar ou inviabilizar o jogo.
Quer jogar uma one shoot pra ver se a ambientação flui bem como jogo de RPG? Que tal tentar usar um sistema mais prático? Tem o 3D&T que é clássico. Tem também o sistema +2D6 do Tio Nitro, que é uma maravilha para jogos experimentais. As regras abstratas do The Shootgun Diaries e do Carnificina nas Estrelas também podem ser facilmente adaptadas, apesar de que o Carnificina nas Estrelas tenha pouco a ver com o tema.
Quer tentar uma experiência de outra dimensão? Que tal meter a narrativa compartilhada no meio da história? Tem o jogo Trollbabe, que é simples, prático e maravilhoso. Alem de ser bastante genérico e ter bastante adaptações por ai. Ao invés de Combate/Magia/Social, Que tal usar os atributos Combate/Investigação/Social? Parece interessante pra você Tio Nitro?

FINALISANDO...

Eu poderia muito bem fazer apenas uma adaptação do jogo para algum dos sistemas que eu citei, seria mais prático e confortável pra você. Mas se você quer realmente conforto, que tal deixar o RPG de mão e tentar algum boardgame ou Final Fantasy? Ao invés de lhe entregar o peixe, eu prefiro lhe ensinar onde pescar. Para que você desenvolva as suas próprias adaptações, criações. Gostou da idéia? Bote a segura-orelha para funcionar e prepare um aventura para surpreender seus jogadores. Eles gostaram? Comente aqui para eu ver o quanto a minha idéia ajudou (ou atrapalhou) no seu grupo.

Boas rolagens de ossos a todos. Até o próximo post.

Seguem a baixo alguns links importantes para esse post.

Resenha do TV show Fringe: Aqui
About Finge science on Wikipedia (em inglês): Aqui
Página sobre o sistema +2D6 do Tio nitro: Aqui
Site oficial do Trollbabe: Aqui
Site oficial do The Shootgun Diaries: Aqui
Site oficial do Carnificina nas Estrelas: Aqui
Site oficial do sistema daemon: Aqui
Página do RPG Invasão (sistema daemon) : Aqui


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente algo aqui e dê um ibópe para o blog ;D