Sim,
sim. Estou me referindo ao seriado de TV. Este não é um
blog sobre clonagem humana ou teletransportes caseiros...
Nesses últimos
dois meses, tenho passado uma boa parte do tempo que eu deveria estar dormindo
assistindo um TV show que vocês devem conhecer:
Fringe.
Para
quem não
conhece, tem os links no final do post. Vá lá ler um
pouco sobre o assunto e depois volte aqui.
Para
quem já
conhece/assistiu/ouviu falar, estou aqui hoje, para tentar incentivar você e seus
jogadores a jogar uma campanha ou aventura nesse estilo de jogo.
Por
quê? Por
que é algo
diferente dos cenários padrões de
RPG (Fantasia medieval, Mundo das trevas, super heróis e,
mas raramente, Cyberpunk). Não sou contra esses
estilos de RPG, sou na verdade fã de
alguns deles. Mas já estão tão
batidos, que talvez seja a hora correta para experimentar coisas novas. Quem
sabe voltara jogar D&D depois de algumas aventuras nos mundos paralelos de
Fringe seja até mais empolgante!
Tem
algum outro motivo? Sim, tem. Sabe aquele jogador que já joga
RPG a 10 anos e de repente está esfriando? Está
perdendo a paixão pela causa. Talvez jogar uma
coisa diferente possa lhe reanimar as esperanças. É uma chance!
Digamos
que eu tenha te convencido a dar uma chance para a ambientação
bidimensional de Fringe. Ok, e agora? Agora você vai
escolher como você quer aproveitar o meu
conselho:
OS
JOGADORES PODEM OU NÃO ASSISSTIR O SERIADO?
Essa
é uma
decisão que
cabe ao mestre, dependendo do que ele pretende fazer com o jogo. Obviamente, se
um ou mais dos jogadores já tenham assistido
algumas temporadas do seriado, o mestre ficaria sem muitas opções.
Uma
coisa que o mestre pode achar bem divertido de se fazer, é deixar
os jogadores enfrentarem os mesmos mistérios e
enigmas enfrentados pelos personagens do TV show. O mestre constrói
fichas dos personagens principais da historia e entrega aos jogadores, guiando
os personagens pelos episódios da temporada. Essa é também uma
solução para
jogadores que já assistiram a primeira
temporada, por exemplo. O mestre pode "narrar" a segunda temporada
antes que os jogadores assistam. Uma coisa bem legal desse estilo de jogo é
assistir o episódio que vocês
acabaram de jogar após o capitulo de jogo. Acho que
fica bem interessante.
Não deste
mundo! Outra opção também é fazer
com os jogadores interpretem membros da Divisão
Fringe do universo paralelo ao nosso. Nesse caso, os personagens poderiam ser
os principais (Olivia e companhia), ou poderiam ser uma outra célula da
Divisão
Fringe. Nesse caso, os jogadores devem assistir até o
inicio da terceira temporada do TV show, pois é nesses
episódios
que aparecem a maioria das cenas do outro mundo.
Outra
opção, essa
menos linear com a história do TV show, porem bem
divertida de se jogar, é narrar os eventos de forma um
pouco diferente. Outros agentes, outros enigmas a decifrar. As vezes ouvimos a
mesma história de duas pessoas diferentes e apesar de
ser a mesma história, ela parece outra, pelas
mudanças dos
detalhes. Não se esqueça que a
história é sua.
Você tem o
direito de mudar o que você quiser no jogo!
QUAL
SISTEMA EU USO?
Bem,
quando assisti os primeiros episódios da
primeira temporada, pensei logo em jogar no sistema daemon. Usando o livro básico
Invasão. Não há na verdade
a necessidade de se criar nenhuma regra. Invasão já tem
tudo o que precisa. Talvez sejam necessárias
apenas algumas pequenas modificações. O
problema é que o sistema daemon já não mais
tão
popular entre os jogadores como era antes, e alguns jogadores simplesmente não irão
querer aprender outro sistema. Apesar de o sistema básico
ser gratuito.
Outra
opção é o Novo
Mundo das Trevas. O livro básico de regras do
sistema Storytelling. Esse é um sistema bem
abrangente, que se encaixa como uma luva em qualquer historia de horror/terror.
O que é o
nosso caso. Talvez, mestres poucos acostumados com o sistema tenham alguma
dificuldade em adaptar algumas coisas do TV show. Mas nada que vai atrasar ou
inviabilizar o jogo.
Quer
jogar uma one shoot pra ver se a ambientação flui
bem como jogo de RPG? Que tal tentar usar um sistema mais prático?
Tem o 3D&T que é clássico.
Tem também o
sistema +2D6 do Tio Nitro, que é uma maravilha para
jogos experimentais. As regras abstratas do The Shootgun Diaries e do Carnificina
nas Estrelas também podem ser facilmente
adaptadas, apesar de que o Carnificina nas Estrelas tenha pouco a ver com o
tema.
Quer
tentar uma experiência de outra dimensão? Que
tal meter a narrativa compartilhada no meio da história?
Tem o jogo Trollbabe, que é simples, prático e
maravilhoso. Alem de ser bastante genérico e
ter bastante adaptações por ai. Ao invés de
Combate/Magia/Social, Que tal usar os atributos Combate/Investigação/Social?
Parece interessante pra você Tio Nitro?
FINALISANDO...
Eu
poderia muito bem fazer apenas uma adaptação do
jogo para algum dos sistemas que eu citei, seria mais prático e
confortável pra
você. Mas
se você quer
realmente conforto, que tal deixar o RPG de mão e
tentar algum boardgame ou Final Fantasy? Ao invés de
lhe entregar o peixe, eu prefiro lhe ensinar onde pescar. Para que você
desenvolva as suas próprias adaptações,
criações.
Gostou da idéia? Bote a segura-orelha para funcionar e
prepare um aventura para surpreender seus jogadores. Eles gostaram? Comente
aqui para eu ver o quanto a minha idéia
ajudou (ou atrapalhou) no seu grupo.
Boas
rolagens de ossos a todos. Até o próximo
post.
Seguem a
baixo alguns links importantes para esse post.
Site
oficial do Trollbabe: Aqui

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